quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Chás, Chapéus e Charadas...


Não, a Mary não morreu. E como ela não quer escrever nada agora (muito tempo na realidade causa isso nas pessoas), resolvi vir aqui. O meu problema é que ela é uma garota irritante e muito ciumenta com as coisinhas dela, daí ela fica comigo... Lendo tudo que escrevo e dando palpites inoportunos.

Acho que nem todos me conhecem, afinal, até agora só tive um dia real de existência. Para ser mais fácil, vamos tomar uma xícara de chá enquanto você pensa em alguns nomes. Se preferir, faço-lhe um chapéu.

Estava conversando com a Mary e contei a ela sobre o que acontecera. Aquele lugar... Aquelas cerejeiras... E nunca imaginei tantas cores de cogumelo nem na realidade mais insana de meus devaneios (sim, realidade, e não sonho, já que eu sou um...).

Uma festa do chá debaixo de uma das várias árvores ao nosso redor... Na verdade, não eram árvores quaisquer, eram belas cerejeiras. Não que cerejeiras não sejam árvores, não me entenda errado... Mas cerejeiras são especiais, elas têm muito significado.

Se o chá estava bom, a companhia foi indiscutivelmente melhor. Nunca achei que fosse sorrir tanto... Só que estava tudo tão surreal e tão melhor do que eu imaginava que a felicidade e a tranqüilidade precisavam ser demonstradas de alguma forma.

Sakuras... Lindas e perfumadas com um doce aroma... Caiam e enfeitavam a toalha que estávamos sentados. Borboletas voavam por perto como se quisessem participar da cena...

Cada segundo valia a pena, cada palavra fez diferença, cada sorriso e olhar. E não podia terminar de melhor forma... O beijo mais indescritível que eu já tentei descrever... A charada mais complexa e interessante.

É uma pena ter que sair da realidade e voltar ao sonho... Espero ter outro dia de vida, mesmo a Mary não gostando tanto da realidade, eu gostei. Até lá, tento desvendar outra charada... A saudade.

2 comentários:

  1. a realidade é uma incognita permanente em que só vivem aqueles que por apenas um dia soube o que é viver

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  2. texto perfeito.
    confuso para alguns e é isso q o torna perfeito, pois a maneira de se expressar atravez de frases confusas e que no final toda essa confusao tem um sentido, pois qual seria o sentido do livro sem final se ele fosse escrito em apenas um pekeno pedaço de papiro?

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