quinta-feira, 21 de abril de 2011

Racional e dopada ?

Sejamos racionais. Aliás, eu voltei a ser racional. Acho que voltei ao sonho e estou recobrando a ideia de que preciso acordar. Está tudo tão confuso, agora não sei ao certo se preciso mesmo acordar ou se já estou acordada.

Uma ideia... Será que essa ideia é minha mesmo ? E se eu tentar me acordar, sair desse sonho, e simplesmente entrar no sonho e sumir da realidade ?

Já me despedi uma vez, disse que viveria meu sonho e minha imaginação, e deixaria a realidade. E agora, eu tenho que volta pra realidade, ou pro sonho ?

Tanto tempo usando os sonhos como escape, tanto tempo usando a imaginação pra fugir... Agora eu estou completamente perdida e confusa na minha própria mente. Estou mais sóbria e racional do que nunca estive, mas isso me faz duvidar se eu não estaria, na verdade, dopada e emocional, de uma forma que nunca estive antes.

Se esse mundo não for real, eu preciso acordar. Mas não posso me dar ao luxo de tentar acordar e acabar assim deixando a realidade. Dizem que você nunca lembra do começo de um sonho, sempre se da conta no meio... Só que, mesmo que eu refaça todos meus passos pra tentar descobrir se é um sonho ou a realidade, eu não poderia lembrar, não é mesmo ? Afinal, não lembramos do começo de um sonho, mas também não tem como nos lembrarmos do surgimento da nossa realidade.

Não se trata de o que é verdade e o que é mentira, e sim do que é real e do que é sonho. Como faço para descobrir ? Já mergulhei em ambos mais de uma vez, e agora não sei em qual estou e muito menos para qual iria se tomar alguma atitude.

Só espero achar a saída, antes que minha mente, sóbria ou não, acabe simplesmente com todos os conceitos de sentimentos que podem ainda existir dentro de mim, lá no fundo.

sábado, 9 de abril de 2011

Labirinto de Lembranças

Perdida dentro deste castelo... Não consigo encontrar a saída daqui. Cresci neste lugar e agora me sinto como uma estranha andando em meio às lembranças... Passando por quartos e outros cômodos realmente irreconhecíveis agora.
Tudo abandonado e coberto por panos brancos, como se estivesse para ocorrer mudanças... Mas as mudanças já aconteceram. Até eu reconhecer meu quarto... Puxei o lençol que cobria o enorme espelho que ocupava uma parte da parede. Um espelho antigo, cheio de história... E então olhei para mim mesma.
Não, não consegui me reconhecer. Não via a mim mesma no reflexo, via apenas uma mulher comum, mas não eu mesma. Coloquei a mão em meu rosto... Senti-o, sem acreditar e sem entender o que estava mesmo acontecendo...
Até que ouvi os latidos de um cachorro... Como se me chamasse, guiando-me para fora deste lugar, finalmente. Corri, seguindo o som e torcendo para não me perder ainda mais. Quando sai no jardim da frente do castelo... Estava livre enfim. As gotas daquela chuva fria caindo sobre minha pele e o meu husky vindo correndo em minha direção, como se eu o tivesse salvo, sendo que eu que deveria estar grata.
Às vezes só precisamos de um som pra seguir e nos guiar enquanto estivermos no escuro. Porque às vezes, quando não nos reconhecemos e ficamos perdidos, precisamos de ajuda... Nem sempre conseguimos sozinhos, mas não quer dizer que não sejamos fortes...